sexta-feira, 1 de maio de 2020

A PANDEMIA VERSANDO O MUNDO INTERIOR


E assim caminha, inquerida no agora, a humanidade  ... convidada a olhar para dentro através do que acontece lá fora.

A vida do mundo todo sobre a responsabilidade do seu infinito particular causando desconfortos no  amargo da dor que chega a ser de todos, mesmo sendo só sua.

Ah! Insensato distinto que nos concede a prioridade em escolher o que realmente importa: se a vida ou sua forma de ser.

Se me deixo levar, me torno um barco a deriva ansiando por um cais de chegadas ou de partidas.
Se me coloco a conduzir, sigo por mares desconhecidos tão pouco oportunos capazes de afogar todos os meus devaneios de marujo inexperiente.

Bem faz o vento na sua trajetória em percorrer todos os cantos, as vezes como  brisa,  as vezes  como ventania mas sabedor da sua condição etérea .

O Ser humano não se sabe  e talvez por isso se coloque contrariado em sua função de aprendiz que diante de um outro ser que abate a humanidade não consegue se curvar a fim de tornar-se minúsculo e escapulir enfrentado. É certo! Mas reconhecendo a nobreza que lhe é imputada mesmo sendo invisivel no combate.

O mundo todo a espera de uma reconciliação... Será que como vento é possível tocar em todos os cantos? Será que se misturando nossas dores e temores nós encontramos? E se for essa mistura o nosso verdadeiro receio? ... Sigamos na nossa peste interior.

21/04 - Outono, 2020.