CANTINHO DE CURA

Este é um espaço onde compartilhamos sentimentos, pensamentos e sonhos, manifestando-os artisticamente e promovendo a CURA. Aqui a liberdade de expressão é o que nos guia!


Texto Existência - por Daniella da Fonte

Existência...
Me vejo, me sinto, me reconheço só...
Só na minha imensidão,
Só na minha dimensão corporal e alma.
Constato o meu ser união e completo.
Sigo simples e plena,
 me dando o amor responsável por mudanças,
meu querer é tudo que tenho, e pra mim é bastante...
acalmo meu corpo como meu lar, com formas e brilhos,
que me ensinam sobre o universo de mim...
solto o que me faz mal e me prende,
me acolho no meu jardim e no meu sim,
Reconheço cada parte minha com o desejo de encontro,
E aceito meus “nãos”como sou e posso...



Livre movimento - por Garuda (Gabriela Garcia)

Livre me movimento Solta ao vento O amor vem me levar Me sinto leve no ar Com meu corpo dançando Dou-me ao encanto De na minha alma viver Poeta ser Movimento livre expressar A verdade de amar Vem comigo sentir Todo o ser se expandir Explodir Sem fim Transbordar Viver pra amar Escolhi.




Lua Nova 
Por Luciana Rabelo

  Lua Nova by lurabelo

Hoje a Lua no céu já não está
Recolheu-se pro escuro em defesa
Busca luzes pra ter mais fortaleza
Muda a pele e se deixa então sangrar
Esperando o momento de brilhar
Roga aos desuse que dêem-lhe paciência
Nesse tempo de tanta inconsciência
Sonhos, dúvidas e desilusão
Vai Mãe Lua te cobre de emoção
Já que o Sol te derrama consciência.

Lu Rabelo, 12/11/2004



 "Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe uma paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu que nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."
Alberto Caeiro - Do livro O Guardador de Rebanhos Heterônimo de Fernando Pessoa 


Benção Celta 

“Possa a estrada vir ao teu encontro;
Possa o vento empurrar-te para frente;
Possa o Sol aquecer o teu rosto;
Possa a chuva suave inundar tuas campinas;

A ti, a profunda paz do vai e vem das ondas;
A ti, a profunda paz da mansidão do ar;
A ti, a profunda paz da terra silenciosa;
A ti, a profunda paz das estrelas reluzentes,
A ti, a profunda paz do Filho da Paz!”

Assim seja!
Assim é!


Indígena (frente à crise da modernidade) 
Por Josefina Campos

Eu nasci no coração da terra, meu senhor,
Não quebre a minha raiz, por favor!

A mim não importa
Que me chame de louco,
Ou que me faça bem pouco
Desta singela proposta.

Importa, sim, o essencial,
O sumo, o âmago, o amado,
O que não pode ser revelado
Em simples relação causa e efeito
(pode ser até que seja
este o meu grande defeito)!

De resto, o resto é só reticência...
a que faço resistência,
e peço a Deus paciência,
Pra conviver desse jeito.